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segunda-feira, março 28, 2011

belo livro dos Satyros


por Rubens Ewald Filho



É um dos livros mais bem produzidos e realizados sobre uma companhia teatral que já vi. E posso dizer sem pudor, porque, apesar de ter sido editado pela Imprensa Oficial do Estado, nada tive a ver com sua produção ou realização (não pertence a Coleção Aplauso, até por seu tamanho e proposta).

Vem na mesma linha em que foi produzido, recentemente, o livro do grupo teatral Ornitorrinco. Mas eu conheço bem o grupo Os Satyros, a quem estive associado recentemente e de quem tenho ótima impressão.

O livro, que tem 364 páginas a cores, conta a história do grupo, mais através de imagens do que texto (até porque Alberto Guzik, já a havia registrado dessa forma), uma opção sugerida pelas forças criativas do grupo, Ivam Cabral e Rodolfo Garcia Vasquez, já que eles, principalmente Ivam, guardaram todo o material cuidadosamente (e são fotos impressionantes).

Além disso, fazem uma coisa rara: apresentam as fichas completas de todos os espetáculos, incluindo a parte técnica, com frequência esquecida. E, ainda, a chamada “fortuna crítica” (o que os críticos escreveram sobre os espetáculos).

O livro traz uma apresentação do crítico Aimar Labaki, mas o texto maior e a organização do livro foram realizadas por Germano Pereira, ator e dramaturgo, que faz parte do grupo há mais de dez anos e atualmente faz Adamo na novela Passione, da Rede Globo.

Os Satyros tem sido celebrado nos últimos tempos como responsável pela revitalização da Praça Roosevelt, para onde se mudaram há mais de dez anos, tornando aquela região um centro cultural com várias salas teatrais (do ator, Parlapatões). Só faltou a Prefeitura fazer a sua parte: depois de iniciar a reforma da Praça, acabou deixando tudo pela metade, ainda mais estropiado do que estava antes (e a polícia só veio controlar o local depois de uma violenta tentativa de assalto no bar dos Parlapatões). Mas, em duas pequenas salas, o grupo tem conseguido manter um padrão muito alto de experimentação e qualidade.

Atualmente, o grupo está com um novo conceito que se chama “teatro expandido”: o teatro contracena com todos, não só os que estão dentro do teatro, mas também fora, através das mídias sociais e alternativas, vídeo chat, iPhone, Twitter, etc. Eles fazem essa experiência dramaturgicamente, ou seja, incorporando as interferências na peça em andamento, ao vivo (Hipóteses para o amor e para a verdade, atualmente em cartaz no Satyros 1, de sexta a domingo).

O livro é um desfile incrível de excelentes fotos (dos mais diversos fotógrafos como Lenise Pinheiro, Bob Souza e muitos outros) e que também inclui as duas coproduções que fiz com os Satyros, Hamlet Gasshô e O Amante de Lady Chatterley. Ambos me fizeram ainda mais admirador do grupo e seus criadores. Procurem conhecer, que vale a pena.

http://satyros.uol.com.br/index.php/noticias/96-o-belo-livro-dos-satyros

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