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A pin-up girl in a modern world: Gypsy/Pin Up/Fetishist/Scorpio/Dancer/Passionate ****

sábado, março 12, 2011

Estilo Pin-Up... apaixone-se!

Oi meninas, como estão? Como meu primeiro post resolvi falar um pouco sobre um assunto que sempre teve muito efeito em mim, as pin-ups.





Para quem não sabe, o estilo pin-up teve seu sua época de glória por volta da década de 50 onde muitas mulheres se vestiam de forma sensual, realçando seus traços femininos sem parecer vulgar.
Entre algumas pin-ups da década de 50 podemos citar Marilyn Monroe e Rita Hayworth.
As roupas usadas nesse estilo são bem específicas... corseletes, meias-calças, cintos bem marcados na cintura, saias godê e shorts de cintura alta. Tudo que valorize bem a cintura, as pernas e o colo feminino. Muitos podem achar roupas provocantes e julgá-las como vulgar, mas as pin-ups gostam de valorizar seus traços femininos e de se sentirem atraentes, porém nada vulgar.Mas não pense que esse estilo morreu nos anos 50, outra celebridade que adora esse estilo é a querida Katy Perry, com um corpo de dar inveja a qualquer mulher ela abusa das peças decotadas e curtas, tudo que valorize sua cintura e suas pernas impecáveis.
 A maquiagem estilo pin-up é o que mais me fascina. Não só por ser prática e simples de fazer, mas o efeito que proporciona em qualquer mulher é de se espantar.
Uma boca bem vermelha e contornada, uma pele bem natural e lisa, um pouco de blush e, nos olhos, um bom iluminador e delineador, fazendo o famoso ‘olho de gato’ – aquele tradicional puxadinho no canto do olho. E para quem quer dar
um ‘up’ a mais, pode apostar nos cílios postiços.


Essa make, pra mim, é a fundamental.. que toda mulher deve saber, pois ela é discreta e valoriza muito a boca e o olho, duas partes importantíssimas do rosto, logo para dar esse ar de sensualidade e mistério.
Nos outros posts eu vou tentar fazer uma vídeo aula ou explicar passo-a-passo como fazer o ‘olho de gato’ e um batom vermelho bem intenso estilo pin-up.
Espero que tenham aprendido um pouco sobre esse estilo que eu sou APAIXONADA e até a próxima. Quem quiser deixar algum assunto como sugestão nos comentários, fique à vontade!

Rainha brasileira das Pin - up ( luz del fuego )


Dizes que foi a LEILA DINIZ  QUEBROU TABUS . MAIS ANTES DELA TEVE A RAINHA 
Luz del fuego
Luz del fuego e suas cobras
Luz del Fuego era uma marca de batom, mas nos anos 40 enrolada numa jibóia,Dora Vivacqua, adota esse nome e assume a persona de Luz del fuego se tornando uma das mais polêmicas personalidades da epóca.
Luz del Fuego, nome artístico de Dora Vivacqua, (Cachoeiro de Itapemirim, 21 de fevereiro de 1917 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1967) foi uma bailarina, naturista e feminista brasileira. Dora foi a décima quinta filha de Etelvina e Antonio Vivacqua, de famílias oriundas da imigração italiana no Espírito Santo. Foi irmã do senador Attilio Vivacqua.

Luz del Fuego teve sua vida levada para o cinema em um filme estrelado por Lucélia Santos, que no entanto não retrata nem de perto o que foi a vida desta lutadora.


Em 1944 inicia suas apresentações como bailarina, usando o nome artístico "Luz Divina", no picadeiro do circo "Pavilhão Azul". Posteriormente por sugestão do amigo e palhaço Cascudo, mudaria o nome para Luz del Fuego, nome de um batom argentino recém-lançado no mercado. Ele acreditava que o nome em espanhol atrairia o público.

Depois de um tempo estudando na Europa, Luz del Fuego volta ao Brasil em 1950 e começa a revolucionar os costumes do povo brasileiro.
Naturismo

Ela traz da Europa algo que de imediato associou com a história dos primeiros brasileiros (os índios). Luz del Fuego apresentava-se seminua com uma ou às vezes duas cobras jibóias enroladas em seu corpo e ficou muito famosa em sua época. Adepta da alimentação vegetariana e do nudismo, não fumava, nem ingeria bebidas alcoólicas e, através de uma concessão da Marinha, obteve licença para viver na ilha Tapuama de Dentro, que foi por ela rebatizada como "Ilha do Sol" e onde fundou o primeiro clube naturista do Brasil, o "Clube Naturalista Brasileiro".
 


Luz del Fuego, devido a sua coragem para enfrentar o preconceito de sua época com relação ao nudismo, e pelo pioneirismo na criação do primeiro clube naturista do Brasil, tem hoje sua data de nascimento, 21 de fevereiro, lembrada e comemorada entre os naturistas brasileiros, como "Dia do Naturismo".

Sua famosa frase que retrata bem o seu pensamento: "Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder".

Na primeira metade dos anos 1950 ela fundou um Partido Político chamado Partido Naturalista Brasileiro e se candidatou a Deputada Federal por este partido.

Importante observar que atualmente, o termo naturalismo é apropriado para quem é especialista em história natural, ficando o termo naturismo associado para as pessoas que praticam o chamado "nudismo social".
 Ilha do Sol


Ainda em 1954 Dora Vivacqua criou o que viria a ser a primeira área de naturismo no Brasil. O Clube Naturista Brasileiro que funcionava na ilha de Tapuama de Dentro que fica na Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. A esta ilha de 8 mil metros quadrados deu o nome de Ilha do Sol.

Várias personalidades de Hollywood estiveram na Ilha do Sol, dentre elas: Errol Flynn, Lana Turner, Ava Gardner, Tyrone Power, César Romero, Glenn Ford, Brigitte Bardot e Steve MacQueen. Porém mesmo estrelas do porte de Jayne Mansfield foram barradas no pier por não quererem ficar nuas.

A nudez era obrigatória e total na Ilha do Sol. Ninguém, nem mesmo autoridades e personalidades podia entrar na ilha sem deixar toda e qualquer peça de roupas ainda no pier.

Em 1955 a INF-FNI - Federação Internacional de Naturismo, reconheceu oficialmente o surgimento do movimento naturista no Brasil adicionando a Ilha do Sol e o Clube Naturista Brasileiro como um de seus afiliados.



Durante a década de 1960, Luz del Fuego e seus amigos naturistas começaram a frequentar também, uma praia deserta que hoje se chama Abricó. A Praia do Abricó era uma segunda opção para quem gostava do naturismo, e até a hoje é utilizada pelos naturistas.

Em 1967, Luz del Fuego e seu caseiro foram assassinados, seus corpos foram amarrados em pedras e depois lançados para o fundo do mar. Após a sua morte, a Ilha do Sol voltou a ficar desabitada. A construção resiste ao tempo, com as paredes e a laje em perfeitas condições, onde inclusive, ainda se podem ver desenhadas na laje as duas cobras que ajudaram a eternizar a imagem da dançarina.

De acordo com o depoimento de Alfredo Teixeira Dias, revelou-se que no dia 19, por volta das 18 horas, partiu com o irmão para a Ilha do Sol, onde não puderam desembarcar porque os cães da ex-vedete logo notaram a presença de estranhos. Conseguiram entretanto, com todo cuidado, cortar a corda que amarrava uma canoa de Luz del Fuego. Levaram-na até a Ilha das Capuanas, já planejando atrair a ex-vedete para uma armadilha.

Mozart Gaguinho gritou então, chamando Luz del Fuego, que logo apareceu, de calça, à beira do cais, com um revólver calibre 38 na mão e perguntando o que "havia". Gaguinho respondeu que a sua canoa se afastara.

Disse Alfredo que Luz del Fuego não relutou em embarcar na canoa dos dois, a fim de recuperar a dela. Pouco depois, Mozart Gaguinho pediu que Luz del Fuego lhe entregasse a arma. Nesse momento, Alfredo deu uma pancada em sua cabeça, com um cacetete. Em seguida, mais dois golpes fatais.

Deixaram o corpo na Ilha das Capuanas de Baixo e voltaram à Ilha do Sol, onde chamaram o vigia Edgar. Pediram que ele trouxesse uma corda e um remo, a fim de que a canoa de sua patroa fosse rebocada. Edgard, segundo disse Alfredo, não veio com os objetos solicitados, mas com uma foice. Hesitou um pouco, mas decidiu entrar no barco de Alfredo e Gaguinho, sentando-se entre os dois.

Os dois cadáveres, colocados em uma baleeira com algumas manilhas e duas enormes pedras, depois de retiradas as vísceras, à faca, foram ao fundo a 200 metros da Ilha do Sol para onde, em seguida, Alfredo e seu irmão se dirigiram, assaltando a casa da vítima. Levaram para a Ilha do Pontal tudo que haviam encontrado de valor - uma radiovitrola, dois rádios de pilha portáteis, uma máquina de costura e NCr$ 80,00 (oitenta mil cruzeiros antigos), encontrados numa bolsa, sob um travesseiro. Apanharam ainda um lampeão a gás, várias tarrafas de nylon, um binóculo e os óculos de Luz del Fuego.

Alfredo ainda afirmou que, na madrugada do dia 21, Mozart Gaguinho o levou da Ilha do Pontal para a Ilha do Governador.

Disse que há cerca de sete meses, Luz del Fuego indicou à Polícia o lugar onde ele, foragido do Presídio-Geral do Estado, estava escondido. Entretanto, Alfredo conseguiu "enganar as autoridades". Quanto ao irmão, Luz del Fuego entregou-o certa vez à Polícia Marítima, que só não o prendeu devido a uma interferência do guarda portuário Hélio Luís.

Seu legado permanece até hoje, e o naturismo brasileiro tem grande orgulho de ter Luz del Fuego como uma de suas personagens históricas.

Também o movimento feminista brasileiro deve muito a esta mulher de garra que na década de 1950 já lutava pela liberdade feminina, sendo muito conhecida uma frase que repetia, a de que "daqui a 50 anos serei lembrada", talvez porque já naquele tempo conhecesse as propriedades medicinais da Helioterapia e Aeroterapia.




sexta-feira, março 11, 2011

Porque pin-ups não combinam só com hot rods..

un... Mas também com motocicletas ;)

Aqui vai um Postsobre pin-ups e as motocicletas. Como nós estamos acostumadas a ver somente pin-ups e hot rods, nada melhor que sair da rotina e ver essas belas mulheres em cima de uma mega motocicleta... e o melhor, elas não perdem nem um pouco a elegância e a super sensualidade.
Vamos as imagens? Let's go, babe. Take me on your croup!






Burlesque and Dita Von Teese


Carnaval... luxúria... e coisa e tal...
Pouco me importa carnaval, mas o fato é que esses dias acabou me fazendo lembrar do estilo burlesco herdado da commedia dell'arte, e toda a magia que essa prática traz consigo.



A apresentação burlesca era uma espécie de teatro de paródia e sátira, que muitas vezes incluía um ou outro número de striptease. O que sobrou dessa herança foi justamente essa última parte. É o que tem sido chamado de neoburlesco. Nesse novo, mulheres vestidas com roupas retrô fazem exibições extravagantes mas com um toque de ingenuidade – como as de Dita Von Teese, numa mistura do antigo teatro burlesco com cabaré.



Embora a etimologia da palavra burlesco traga também o sinônimo de grotesco, não percebo nada de semelhante, pelo menos pra mim é impossível ver algo de grotesco quando vejo a Dita dançando.
Dita Von Teese é uma atriz e modelo americana que usa e abusa, com muita sensualidade, da estética da pin-up dos anos 40 e 50 e do termo burlesco.
seus shows são repletos de glamour, sofisticação e de toda feminilidade que uma mulher pode ter. O mais encantador nela é que a sensualidade que ela esbanja nada tem a ver com vulgaridade, não só homens babam por ela, muitas mulheres se inspiram na sua meiguice sexy de pin up também, aderindo além disso às lingeries, rendas, moda retrô e o típico batonzinho vermelho. Babem com as fotos e vídeo da Dita que escolhi... ai ai amo muito tudo isso! =P

quinta-feira, março 10, 2011

O que me faz a cabeça ? - Leque

Madame de Stäel,  dama da sociedade francesa.

Leques da Coleção Pontes
Há tantos modos de se servir de um leque que se pode distinguir, logo à primeira vista, uma princesa de uma condessa, uma marquesa de uma routurière. Aliás, uma dama sem leque é como um nobre sem espada.”
Madame de Stäel,  dama da sociedade francesa.
Madame de Stäel,

O leque é um objeto de uso pessoal usado para abrandar o calor. Foi muito usado pelas elites européias, no período de 1670 a 1930, como um forte símbolo de luxo e elegância.

  •  TIPOS 

Os leques são populares na Ásia e em algumas partes da África e Oceania.

Representam o Elemento Ar e podem ser usados para equilibrar algo, como por exemplo dois leques usados como equilíbrio no corpo. Existem uma variedade imensa de cores, estilos e materiais utilizados para a fabricação desses objetos.

Os leques orientais foram utilizados como armas brancas na Antiguidade e no período Medieval, e hoje são vistos como objetos decorativos.

  • A evolução do leque

     

    Vários são os autores que situam o surgimento do leque quase ao mesmo tempo do surgimento do homem, e muitos são os mitos e lendas que tratam de sua origem, assim como diferentes povos se dizem responsáveis pela criação desse acessório.
    Leque oriental, feito em madeira

    Leque de 1815 a 1820

    Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
    Leque oriental, feito em madeira

    As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele, como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as primeiras a chegarem na Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que iniciou-se de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.


    Fabricados de diferente materiais e técnicas como o marfim, a madrepérola, o charão, a tartaruga, as madeiras perfumadas, as plumas, os tecidos e os papeis pintados em litografia aquarelada ou tempera. Com cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes retratando momentos históricos. Dentre tantas variações temos os comemorativos, de penas, plumas, com rendas, com tecido, tipo “baralho”, “mandarim”, com papel e as ventarolas.
    Leque de 1845

    A armação do leque apresenta duas partes, uma interna e outra externa e é formada de varetas, sendo que as externas tem o nome de varetas mestras, e a da frente, a principal. As varetas mestras são geralmente mais ornamentadas do que as simples, em muitas vezes apresentam as iniciais da dona do leque. No "leque indiscreto", eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas. A "folha" é a parte mais decorada do leque que podia ser feita com pinturas sobre tecido, papel, pergaminho, rendas, seda, etc, sendo geralmente ornamentadas com pinturas ou bordados com lantejoulas metálicas ou mesmo com fios de ouro ou prata.

    É neste contexto de luxo e sedução que no século XIX toma força a "Linguagem do Leque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.

    Desde meados do século XVIII, a França foi a principal fabricante de leques e adereços de luxo. Com o desgaste ocasionado pela Revolução Francesa na produção deste tipo de produto, entram no mercado, importados pela Inglaterra, os leques orientais. Estes eram confeccionados em charão, sândalo ou marfim e traziam geralmente estampas de caráter bucólico e cenas de vida cotidiana. Após a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono francês, a vida na corte toma outros rumos e a produção dos artefatos de luxo revigora-se. Neste período os leques, bem como a moda por completo, inspiram-se nos ideais clássicos, com cenas de faunos e bacantes, e nos modelos napoleônicos.
    Leque de 1815 a 1820

    Com a queda de Napoleão, a restauração do governo da França nas mãos da monarquia e as mudanças realizadas na moda entre 1820 e 1830 com o aumento das saias e das mangas, o leque acompanha esta evolução duplicando seu tamanho anterior, passando de 15 para 30 centímetros. Com a indústria do luxo consolidada, a produção francesa gera raridades como leques em prata dourada, além de desenvolver máquinas de perfuração e gravação em osso e marfim. Nas décadas de 1830 e 1840, o leque manteve seu tamanho variando entre os 30 e 29 centímetros. A folha ou panache ainda era feita de papel, ricamente decorado com aquarelas ou litogravuras por vezes pintadas e guarnecidas de prata.

    Por volta de 1845, os leques, antes finos e longos, ganham mais forma nas varetas. Esta mudança deve-se ao primeiros leques "Mandarim" trazidos pelas casas de impostação inglesas de suas colônias na China.

    Em 1850, a evolução antes descrita já se mostra forte nas oficinas dos melhores Eventelistes da Europa. Um formado mais oval é adotado e muito aceito. Esta vareta de formato modificado iria alongar-se quase fazendo desaparecer a folha do leque, mas em 1855 em diante, a folha voltaria com força total.

    Entre 1860 e 1870, os leques ganham decoração diferenciada nas folhas, que são agora feitas de tafetá duplo com forro de papel jornal liso e fino, que dá maior estabilidade ao tecido e alonga a durabilidade da peça. É neste período que também aparecem os primeiros leques com características inovadoras, como os leques de plumas, de penas exóticas, de rendas, de casco de tartaruga, entre outros.

    De 1870 a 1890 as variações na estrutura dos leques não são significativas e apenas ocorrem mudanças no tamanho, que acompanha a evolução das mangas Mutton, em meados de 1895 e 1896. Nos anos seguintes, num movimento inverso, o leque acompanha a moda e o estancar dos vestidos entre 1887 e 1900.


  • Evolução da estrutura

     

    Na questão dos materiais, vemos uma diversidade infinda de materiais usados na confecções dos leques no século XIX. Para as estruturas a madeira foi a primeira a ser empregada na manufaturas de leques e abanos, mas foram o marfim e o osso, os mais antigos a serem usados, na confecção de estruturas de melhor qualidade voltado à elite. Entre 1730 e 1750, aparecem os primeiros leques de estrutura em madrepérola, que eram geralemnte lisas, e posteriormente gravadas e cobertas com folhas de prata ou ouro.

    No alvorecer do século XIX, as técnicas subjacentes permanecem, e a confecção do leque ainda vai empregar os mesmos materiais e técnicas, até que em 1830, aparecem os leques feitos de “Tortoise Blonde” (casco de “tartaruga-loura”). A tartaruga vai ser desde então muito utilizada pelos Eventelistes (fabricantes e leques) do século XIX.
    A “Folha”, parte que produz o vento no leque, também fora diversamente modificada na evolução do leque. 
    Do século XVII até 1850, era em sua maioria feita em papel, previamente pintado e dobrado. Foi em meados de 1850 que a seda, gomada para ser mais preciso, passou a ser empregada na confecção dos leques. 
    Mais tarde com o advento e o desenvolvimento da técnica de folha dupla com entermeio de papel, que se pode diversificar, e tecidos como o taffetá, o moireé, a gauze, a renda, entre outros passaram a fazer parte do repertorio de tecidos, aplicado à manufatura das folhas.
    A arte da plumaria começara a ser empregadas desde 1840 na decoração de leques com fios de marabout, inspirados nos leques mandarim. 
    Em finais de 1860 e inicio de 1870 aparecem os primeiros modelos de leques de pluma de avestruz. Desde então ganhou fama e virou sinônimo de voluptuosidade e sedução, sendo muito requisitado e usado nas óperas, bailes, recepções, entre outras festividades até a década de 1930.

História do Corset


Para tentar certificar a origem do primeiro corset teríamos em mãos uma missão quase impossível de ser realizada. Há registros de peças semelhantes aos corsets na Grécia antiga e principalmente na civilização cretense, bem como em outras culturas antigas. O fato é que o espartilho veio de uma origem incerta, com um propósito claro: Modelar e construir uma silhueta. Mas como surgiu na Moda os primeiros daqueles que hoje vieram a ser o corset que você pode ter em mãos?!
No começo, e aqui falamos de século XV e XVI os ancestrais do espartilho surgiram com algo que era quase uma armadura, muito rígida, feita de diversas camadas de tecidos grossos reforçadas com cordas, crinas de cavalo, ossos e chifres, tinham uma forma cônica e elevava a altivez das mulheres, eram destinados aos nobres, que deviam destarcar-se do restante da sociedade, tais peças de maneira alguma apresentavam ergonomia ou conforto fisiológico. Na língua inglesa, eram chamados de “Stays” ou “Bodices” ou até outras nomenclaturas. Estes “corsets” eram feitos somente para as mulheres mais abastadas da sociedade, somente a elas era permitido se fazer o uso dessa peça, exclusiva à nobreza.
Fato curioso: Os Bodices ou Stays eram produzidos em associações de artesãos, (essas associações eram o que restou do antigo sistema da GUILDA medieval), e as peças eram feitas APENAS por homens, a tradição não permitia que mulheres trabalhassem na “guilda”. Reflexo da sociedade machista e do forte patriarcalismo.




Já nessa época há alguns relatos do uso do Corset por homens. Vale ressaltar, que na época a qual nos referimos agora, as roupas masculinas AINDA tinham formas bastante rebuscadas e volumosas, quase tão quanto à feminina, o que permitia ao homem fazer uso do corset de forma discreta sem que outros tomassem conhecimento.
O corset evoluiu através do tempo e por todo o século XVII e XVIII foi tomando formas mais confortáveis, apesar de manter um silhueta bem semelhante, ao longo de seus primeiros séculos. Nesta época era usado na estruturação de um corset as famosas Barbatanas de Baleia, peças cortadas e acabadas manualmente, uma a uma, a partir das partes de tal animal, um trabalho árduo dispendioso e de custos altíssimos. O corset era uma peça que servia de BASE para a roupa feminina, não havia como pensar em uma veste bem assentada ao corpo de uma mulher da nobreza ou realeza européia sem um corset. Por sua vez a roupa masculina foi se tornando cada vez mais “seca” e justa ao corpo, mas isso não impediu o uso do corset por homens.
Após a Revolução Francesa os “Bodices” ou “Stays” caíram em desuso devido à ascensão de Napoleão e a popularização do estilo conhecido como Neoclássico, que remetia a antiga Grécia, Na França, e no mundo pós-revolução as percepções da sociedade mudaram de forma radical, e a sociedade como um todo renegava as antigas formas, e as antigas tradições da “Realeza Divina”. Mas o estilo neoclássico perdurou pouco, logo depois as silhuetas voltaram a ser rígidas e volumosas novamente, a opulência era norma e o antigo Bodice (rígido, desconfortável e quase sem curvas) passou a ser conhecido como CORSET.




 Por volta dos anos de 1800 o novo modelo de corset se tornou BEM mais curvado, mais harmonioso e evoluía cada vez mais rápido, em termos de formas e matérias, no lugar das antigas barbatanas de baleia agora eram usadas barbatanas espiraladas de metal, que tinham melhor efeito nas curvas inovadoras e arrojadas, que eram impostas ao corpo. E no ano de 1829 um Corsetier francês desenvolveu o BUSK, uma espécie de fecho especial para espartilhos, peça que até hoje é usada nos corset e permite que uma única pessoa possa abrir e fechar seu corset na frente sem a necessidade de outro ajudante para tal tarefa.


O corset agora fazia parte de uma verdadeira INDÚSTRIA, estimasse que em Paris no ano de 1855 houvessem cerca de 10.000 (dez mil) trabalhadores especializados na produção de corsets, isso apenas na Cidade Luz. E agora sim, Homens e Mulheres estavam envolvidos na produção deste indumento.
E foi no século XVIII que surge um fenômeno que contribuiu para a disseminação aberta do uso do corset por parte dos homens: o DANDISMO.
O Dandismo primeiro aparece na Inglaterra no período regencial, e se espalha com sucesso pela frança no período romântico, seu estilo é caracterizado por homens que se vestem com extremo refinamento e sobriedade, seguindo os ditames mais fortes da moda no seu momento histórico. Suas roupas, pela primeira vez na história, ressaltam o que poderá haver de “belo” no corpo masculino. Uma idéia inovadora e revolucionária à época, e que gerou inúmeras manifestações de depreciação e preconceito ao movimento social do Dandismo. Os Dandis faziam uso abertamente do corset e tomaram posse do indumento feminino para eles, a fim de CONSTRUIR um corpo aos moldes que este homem (o Dandi) achasse que estava de seu agrado. No ano de 1815 já circulavam em periódicos da época inúmeras caricaturas de Dandis sendo Laçados em seus corset por seus servos, tudo isto exaltando um lado “afetado” da prática do uso de corsets por homens, que nunca foi, de fato, bem aceita. Os homens que queriam fazer uso dos corsets, mas que por sua vez não estavam envolvidos com o fenômeno do Dandismo faziam uso da peça tendo como objetivo (ou pelo menos assim o diziam) a CORREÇÃO POSTURAL ou como AJUDA EM UMA NOVA DIÉTA, poucos eram os que de fato assumiam o uso por simplesmente: Gostar das formas e das curvas. Apesar da moda masculina na época como um todo dar ênfase a região da cintura.
Na era vitoriana o Corset estava com seu uso mais difundido do que jamais estivera. Absolutamente indispensável para qualquer mulher que prezase por uma silhueta considerada, à época, Bela. O corset nos anos de 1800 teve suas formas sempre bem arredondadas, a cintura nunca esteve tão “pequena” quanto aqui tornou-se. A invenção dos ilhoses de metal, do Busk e de tecidos especiais para corset veio a permitir uma maior ousadia na construção das peças, o que trouxe a ascensão da cintura de circunferência cada vez menor. Claro que as Micro-Cinturas do século XIX eram raríssimas, a grande maioria das mulheres usava os corsets de forma moderada, como um suporte, mas infelizmente apenas os casos mais extremos de afinamento da cintura por corsets entraram para história, como lendas e muitas vezes narrando fatos (e medidas, como a cintura de 32 cm) irreais.
E assim foi durante grande parte do século XIX, com o declínio do Dandismo o corset também voltou a se tornar mais raro entre os homens, pelo menos abertamente falando. Mas ai devemos falar de um outro fenômeno que tomou corpo no final do século (XIX), e este entre homens e mulheres, o FETICHISMO, este fenômeno tido como fruto oriundo da sociedade capitalista e de consumo estimulado pela imagem gerou um movimento social que desde sua origem vem sendo descriminada à uma espécie de sub-mundo. Em termos breves e insuficientes para descrevê-lo, o Fetichismo é a EROTIZAÇÃO de um certo OBJETO ou ATO, no fetichismo quase tudo é passível de erotização,o fetichista busca simbologias, formas, cores, texturas e etc, afim de obter um prazer sexual e um deleite visual que é compreensível talvez apenas a ele, envolvido em sua prática, desenvolvendo as regras de sue próprio jogo. O fenômeno fetichista veio a tomar o Corset como um de seus símbolos mais fortes e assim o é até hoje, determinados matérias utilizados na fabricação de alguns corsets tais como borracha e couro faziam desta peça um objeto erotizado e envolvido em praticas de dominação ou submissão . No fetichismo e na prática do Fetiche o corset tem sido usado mais fortemente desde o século XIX até os dias atuais.
Então, no início do século XX temos a ascensão de uma nova moda feminina, mais leve, mais fluida e “longe do corpo”, estilista como Paul Poiret e Chanel contribuíram muito para que tais estilos fossem adotados, e que a mulher viesse de fato ingressar na sociedade moderna como parte produtiva dela. Finalmente a mulher conquistou o direito de trabalhar de ter liberdades de movimento, sem toda aquela indumentária que antes pesava quilos, e que as faziam, para os padrões modernos, parecerem-se mais com alegorias.




Nos anos de 1940, mais precisamente em 1947, veio o New-Look de Christian Dior, que trouxe de volta a cintura fina para as mulheres, e com isto o corset voltou a ser palco de polêmica envolvendo pontos de vista político e sociais, o movimento feminista anos depois chegou a queimar sutiãs em público como forma de negação a repressão patriarcal, e muitos outros manifestos foram feitos. O século XX foi de fato VELOZ em relação a “Evolução da Moda”. Nos anos 80 e 90 vimos o surgimento de novos Couturiers franceses que traziam de volta à alta costura o corset, foram eles Jean Paul Gaultier, Thierry Mugler e outros tantos. Madonna surge no placo com um corset que afronta por sua ousadia, com busto pontiagudo e etc. Assim o corset desperta novamente no imaginário mundial.
Viramos o século e o milênio, e vemos um movimento que começa a tomar corpo e a despertar novamente, o corset começa a fazer seu retorno a cena da moda seja como peça íntima ou Out-fit, este fenômeno é observado mundialmente. Outro fator pode ser identificado com a busca do corpo perfeito, e ai sim podemos aplicar a teoria a homens e mulheres.
Na época em que vivemos a Era da Cirurgia Plástica, vemos uma busca desenfreada por corpos perfeitos, vai-se cada vez mais à academia, recorremos a dietas da moda fazemos aplicação de botox no corpo, tudo em busca da perfeição estética, mas ai ao olharmos para traz, para o passado da humanidade, vemos corpos perfeitos e com belíssimas curvas, em uma época que a cirurgia não era tão comum, e ao observarmos e pensarmos sobre o assunto descobrimos que através do CORSET podemos construir um corpo com formas perfeitas e curvas harmoniosas independente de qual seja o biótipo. Com o uso do espartilho de antigamente, homens e mulheres podem obter um corpo belo sem recorrer a métodos INVASIVOS ao corpo.

Nunca saem de moda

"Corsets são peças muito clássicas e por isso podem sempre ser aproveitadas na moda. Mesmo nos períodos onde o corset não está em alta, a peça continua sendo usada para modelar o corpo e é a roupa mais eficaz nesse sentido."

Para magras e gordinhas!


"Não há necessidade de ser magra para usar corset. Mulheres voluptuosas podem abusar da peça, elas são as maiores beneficiadas. Porém, as que estão muito acima do peso devem evitar a exposição do corset usando-o por baixo da roupa.

O top de linha

"O modelo mais vendido é o underbust clássico na cor preta (corset que fica abaixo do busto). Esse modelo é o predileto porque pode ser usado com quase todo tipo de roupa, quase como um cinturão."
Modelos estravagantes

"Algumas famosas já me pediram corsets com incrustações de pedras, e já tive clientes que trouxeram tecidos de família guardados há anos."

Homens de espartilho?

"Muito menos que as mulheres, é claro, mas já tenho clientes de perfil moderno ou dandy (homem preocupado com o as roupas que veste), que usam meus corsets. E já fiz até para um noivo!".

Última dica

"Tendência para mim é um palavrão. Eu costumava dizer que a moda existe para quem não tem estilo próprio. A grande vantagem nos dias de hoje é que ela é tão rápida e cria tantas tendências simultaneamente que é mais fácil conseguir isolar vários elementos para compor o próprio estilo. O corset é uma peça que nunca sai de moda."


O corset é uma paixão LOUCA minha há anos e eu não poderia deixar de trazer ela pro blog. Comumente associado às cinturas vitorianas, ele não mudou muito da renascença até a revolução francesa, quando a aposta era formas mais naturais. 


Logo essa tendência caiu e o corset voltou à cabeça das damas, e às costelas delas também.

 No século XIX aparecem os ilhoses, com o objetivo de reforçar o tecido, para que não se rasgassem. As cinturas começam a ficar mais estreitas, pois já desde outrora havia o hábito de se confeccionar os corsets com barbatanas de osso de baleia, o que deixava a peça ainda mais estruturada e rígida, além de achatar o ventre e suportar o busto; o corset não chegava aos quadris e sempre cobria o peito. O aço substitui as barbatanas de baleia, que já eram raridade. A silhueta foi tomando a forma de um “S” – o peito estufado, a barriga reta e o derriére empinado. A linha do busto ficou mais baixa e o corset chegava a cobrir os quadris.

Achatar o estômago e manter a postura, na Belle Époque, era mais importante do que uma forma de ampulheta, e os corsets da época eram considerados “saudáveis” por conta disto.

Nos anos 20 o corset caiu no desgosto popular e ficou apenas restrito ao fetiche de algumas durante a maior parte do século XX. Mas em meados dos anos 70 estilistas como Vivienne Westwood e Jean-Paul Gaultier trariam à tona essa tendência, que agora é fetichista. A partir dos anos 90 o corset se tornou couture, comum em revistas como vogue.

Aqui no Brasil a maior estilista de corsets é a Madame Sher, que tem seu atelier no bairro Paraíso em São Paulo,  já os gringos  que mostram um trabalho bacana, mas com propostas diferentes da nossa Sher são as marcas Morgana Femme, VersAtelier, Valkyrie e Emma, com seus manequins incríveis (queria um de cabideiro lá em casa).

Minha favorita continua sendo a Sher, pelo impecável acabamento e limpeza das peças, escolha de materiais, alguns que ela própria confeccionou, como os rebites de fechamento dos corsets. Fora que é linda, elegante e tem atitude.