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quinta-feira, março 10, 2011

Diva do Mês de Março


Março - Greta Grabo


Greta Garbo, nome artístico de Greta Lovisa Gustafson, (Estocolmo, Reino da Suécia e Noruega, 18 de Setembro de 1905 — Nova Iorque, 15 de Abril de 1990) foi uma atriz sueca. 
Com seu talento e aura de mistério, tornou-se uma das mulheres mais fascinantes do século passado, eleita pelo Instituto Americano de Cinema como a quinta maior lenda da história da sétima arte.
Apesar de sua carreira meteórica, Garbo era solitária e reservada, e só concedeu quatorze entrevistas durante toda a vida. 
Pouco se soube e muito se especulou sobre a atriz, incluindo mistérios sobre sua relação com os Aliados da Segunda Guerra Mundial.

Uma das citações mais memoráveis sobre ela é a de que "Greta é como a Mona Lisa - uma das grandes coisas da vida. E tão distante quanto."



  • "Katha" (1905-1921)
Greta Lovisa Gustafson era a mais nova dos três filhos de Anna Lovisa Johansson (1872–1944) e Karl Alfred Gustafson (1871–1920). Seus irmãos, Sven (1898 - 1967) e Alva Gustafson (1902 - 1926) também tentaram seguir carreira artística, mas nenhum deles foi tão bem sucedido quanto a irmã mais nova.

Katha (pronuncia-se "kêta") era a forma como sua família e amigos a chamavam na infância e adolescência, porque era assim que Greta Gustafson pronunciava seu próprio nome quando começou a falar.

Após a morte do pai, em 1920, de nefrite, Greta Gustafson decidiu - ou a mãe decidiu por ela - que deixaria a escola. Aos quatorze anos, entrou no mercado de trabalho. O primeiro emprego que conseguiu foi como tvålflicka (que significa "moça do creme de barba") numa barbearia na rua Horn; poucas semanas depois, transferiu-se para uma loja maior, na rua Göta, com salário de quatro coroas por semana (cerca de um dólar), mais gorjetas.

As primeiras incursões de Greta no cinema foram em filmes publicitários para lojas de Estocolmo, entre elas a loja de departamentos sueca Paul U. Bergstrom (PUB), na Hötorget Plaza, em 1921, onde trabalhava na seção de chapelaria (emprego arrumado por sua irmã, Alva, que era amiga de uma funcionária da loja). No ano seguinte, ela foi garota-propaganda de um filme publicitário de produtos de padaria da Associação Cooperativa dos Consumidores de Estocolmo. Ambos os filmes foram dirigidos pelo "capitão" Ragnar Ring (1882 - 1956), ex-oficial da cavalaria e escritor contratado pela PUB para fazer comerciais da linha de roupas femininas.

Como ou porque isso ajudaria a vender roupas da PUB e pães é um mistério, mas o senso de humor sueco é bastante peculiar e, na estrutura simples desses filmes, Greta conseguiu ser engraçada e se fazer notar. E foi assim que a grande atriz trágica estreou, como comediante, no cinema.


  • Ensaio para o estrelato (1922-1925)


Durante dois anos (1922 - 1924), Greta Gustafson estudou arte dramática na Academia Real de Teatro Dramático (Kungliga Dramatiska Teatern), quando foi descoberta pelo diretor finlandês Mauritz Stiller (1883 - 1928), que a partir de então passou a desempenhar a função de segundo pai para a jovem Greta. Apesar de todas as parcerias que ambos tencionavam fazer, Greta e Stiller só fizeram um único filme juntos: A Lenda de Gösta Berling 1924.

Stiller levou Greta para filmar na Alemanha. Lá, ela chamou a atenção do expressionista alemão Georg Wilhelm Pabst (1865 -1967), que a convidou a participar do seu próximo filme, A Rua das Lágrimas 1925.

Louis B. Mayer (1885 - 1957), poderoso magnata do cinema que comandava a MGM na época, ficou encantado com a performance da jovem atriz sueca no filme A Lenda de Gösta Berling, e ofereceu a ela e ao seu mentor, Mauritz Stiller, um contrato para irem trabalhar em Hollywood.

Foi por volta de 1924 que Greta Gustafson se transformou em Greta Garbo. Existem pelo menos cinco versões de como isso aconteceu: a mais absurda diz que o nome "Garbo" é derivado da palavra polonesa wygarbowac (que significa "curtir couro"), supostamente uma concessão ao desejo de Stiller de moldar seu invólucro psíquico. A alegação de que seu nome tinha que ser mudado a fim de que coubesse nos letreiros é igualmente lendária: o comprimento do sobrenome não atrapalhou atores como Sixten Malmerfeldt ou Jenny Öhrström-Ebbesen. Em todo caso, a Suécia tinha poucos letreiros do tipo hollywoodiano nessa época.

O mais plausível é o relato segundo o qual Stiller queria seguir o modelo do seu filme Erotikon 1920, com algo similar para o lugar de "Tora Teje", que era um nome de heroína "moderno, elegante e internacional, [e] pronunciado com clareza tanto em Londres e Paris quanto em Budapeste ou Nova Iorque". Seu roteirista-assistente, Arthur Nordén, sugeriu "Mona Gabor", derivado de Gábor Bethlen, um rei húngaro do século XVII. Stiller gostou, mas continuou experimentando variações: Gábor, Gabôr, Gabro… Garbo! Tora Teje foi logo abandonado, mas quando Greta Gustafson lhe veio à cabeça, percebeu que o nome dela combinava perfeitamente com o sobrenome que tinha em mente.

A etimologia mais romântica sustenta que garbo era uma antiga palavra norueguesa que significa "ninfa do bosque" ou "fada da floresta", e que Stiller a escolheu para que significasse "um ser misterioso que surge à noite para dançar à luz da lua". Há de fato uma antiga palavra nórdica, gardbo, que significa "guardião da fazenda", mas garbo não significa nada em sueco. Tem significado nas línguas românicas, das quais Stiller e Garbo eram completamente ignorantes. Alguns alegam que Stiller conhecia o termo musical italiano con garbo ("com graça"), ou a definição similar em espanhol, "postura graciosa", freqüentemente aplicada aos toureiros.

E não se descarta a hipótese de Mimi Pollak (1903 - 1999, colega de Garbo dos tempos da Academia Real de Teatro Dramático), de que ela e Greta, não Stiller, inventaram "Garbo". De acordo com Pollak, a própria Greta sentiu que Gustafson era muito comprido e comum para um nome artístico. Consultou Mimi, que conhecia um escrivão do Ministério da Justiça, onde um dia examinaram milhares de nomes. Gostaram de "Gar" para começar e se agradaram do final "bo" de um outro nome.

O fato é que mesmo que Garbo não tivesse escolhido o seu pseudônimo, pelo menos teria que aprová-lo. Seja qual for a gênese e a opinião do dono de "Garbo", Stiller tinha arrumado um nome para o seu novo achado, e agora ambos estavam prontos para conquistar a América.
[editar] Holywood (1925-1941)


Em 1925 Garbo e Stiller foram juntos para Hollywood contratados por Mayer, da MGM. De uma forma mais exagerada, a crença fanática de Stiller em Garbo era como a de Josef von Sternberg em Marlene Dietrich: um instinto criativo que só poderia ser realizado através da capacidade do cinema de tornar uma mulher maleável, numa imagem que preenchesse as necessidades emocionais do diretor e da platéia.

Porém, a atriz não alcançou sucesso imediato nos Estados Unidos. Uma das maiores dificuldades da recém-chegada de dezenove anos foi a língua. Garbo apenas engatinhava em seu estudo do inglês, e seu forte sotaque sueco era motivo de piada entre os colegas. Durante as filmagens de Os Proscritos (1926) por exemplo, ela e o diretor Monta Bell (1891 - 1958) mal se comunicavam sem intérprete. Mas com o tempo essa questão foi sendo resolvida; o inglês de Garbo era um britânico modificado com elementos americanos, e muito do seu impacto deriva desse exotismo.

Outro motivo da demora da estréia de Garbo em Hollywood foi sua aparência: ninguém queria saber de dar uma oportunidade para "uma gorduchinha sueca sem retoque", com uma sombra de queixo duplo, cabelos crespos e quase dentuça. Irving Thalberg (1899 - 1936) ordenou-lhe então uma dieta rígida para acabar com as gordurinhas de final de adolescência e mais tarde providenciou a correção do dente direito, que era claramente protuberante em relação ao esquerdo. Dois anos depois, em 1927, seus dentes estavam perfeitamente alinhados; ela se livrou do excesso de peso, escureceu em torno dos olhos (e possivelmente das narinas) para dar profundidade e alisou os cabelos, usando-os para trás, de forma a "levantar" seu rosto. Se era somente uma garota comum ao chegar, a perfeição de sua estrutura óssea tornou possível a beleza. A esses melhoramentos estéticos, seguiram-se os valiosos conselhos e o exemplo profissional de Lillian Gish (1893 - 1993), por quem Garbo sentia uma grande admiração.

A espera em Nova Iorque arrastou-se por um mês e deu nos nervos de todo mundo, principalmente de Stiller. Diz a lenda que a demora foi premeditada por Mayer, para "esfriar a cabeça de Stiller e mostrar quem era o patrão", até que algo inesperado aconteceu. Nesse meio tempo, Garbo conheceu o fotógrafo Arnold Genthe (1869 - 1942), e juntos eles fizeram uma memorável sessão fotográfica, publicada alguns meses depois, na Vanity Fair de novembro de 1925.

Garbo e Stiller estavam perigosamente próximos à desistência, mas Genthe insistiu para que ela mostrasse as fotos à MGM antes de decidir. Stiller aceitou e as enviou, por mensageiro, à MGM, onde despertaram grande interesse. Quando o escritório central viu as provas, fornecidas por Genthe, da assombrosa sensualidade de Garbo, as coisas mudaram subitamente: a MGM mandou dinheiro e instruções para Stiller seguir imediatamente para o Oeste, concordando com o salário de quatrocentos dólares semanais para Garbo, desde que ela assinasse um novo contrato dizendo que tinha permissão da mãe para trabalhar.



De fato, essa foi a primeira de uma série jamais interrompida de vitórias de Garbo sobre o estúdio. As fotos de Genthe não deixavam dúvidas: até o departamenteo jurídico da MGM, mais inclinado a vetar o risco de prejuízo financeiro com dois estrangeiros, percebeu que aquela jovem atriz tinha futuro. Um salário inicial de quatrocentos dólares para uma atriz desconhecida era uma prova rara do quanto a MGM a queria. A jogada de Stiller finalmente rendeu frutos - para Garbo. Na feroz competição pelo estrelato que envolvia as atrizes da MGM, todas passaram por todas as etapas, à exceção de Garbo. Somente ela começou como estrela, como protagonista.

Quando Os Proscritos (1926), seu primeiro filme americano, estreou num pequeno cinema em Beverly Hills, ninguém reparou em Garbo e Stiller, que se sentaram discretamente no fundo da sala e sumiram tão logo terminou a projeção; não aparecendo na premiére, ela estabeleceu o próprio precedente. O que hipnotizou tanto o público, quanto os críticos e os executivos da MGM, foi o desempenho surpreendente da até então desacreditada atriz sueca. Assim sendo, o estúdio apostou alto no futuro de sua "sedutora": por declaração, e não por aclamação, e com o auxílio desavisado da imprensa, a MGM simplesmente proclamou Garbo uma grande estrela.


Estrela fulgurante do cinema mudo, através de filmes como Terra de Todos (1926), iniciado por Stiller e concluído por Fred Niblo (1874 - 1948), A Carne e o Diabo (1927), Love (1927) e O Beijo (1929), de Jacques Feyder (1885-1948), Garbo protagonizou quase duas décadas de apoteose artística e comercial. A maneira completamente diferente com que Garbo utilizava o corpo em suas interpretações foi o que cativou o público norte-americano. Garbo requeria muito menos legendas para expor suas emoções do que qualquer outro ator de cinema mudo, e se o resultado dos filmes não era o de uma obra de arte, ficava claro que ela estava criando uma mulher completamente nova através de sua expressão facial (a comunicação real entre Garbo e o público estava no rosto), suas mãos (a resposta emocional de Garbo começava pelas mãos, como Arnold Genthe já havia observado), seu andar ligeiramente curvado e sua sutileza.


Quando da sua primeira viagem à Suécia, três anos após sua vinda para Hollywood, Garbo já gozava de grande prestígio nos Estados Unidos. Tanto era assim que no dia de seu regresso a Nova Iorque, todo mundo que se recusou a conhecê-la em 1925 agora queria encontrá-la. Uma multidão se amontoou no porto para lhe proporcionar uma recepção calorosa tardia.

Outra prova de sua importância veio em 1932, com a renovação de seu contrato com a MGM, que lhe dava o direito de determinar praticamente toda a programação, aprovar o protagonista dentre quatro nomes de atores e dois de diretores propostos pelo estúdio. Apesar disso, ela raramente usou esse poder ao longo de sua carreira.

Um de seus maiores triunfos foi o filme Grande Hotel (1932), no qual ela fala a famosa frase que a marcou pelo resto de sua vida: "I want to be alone". Considerado o primeiro filme "all-star" da história, juntar tantas estrelas num mesmo filme foi uma jogada ousada da MGM. Temia-se que o dinheito gasto com os altos salários jamais pudesse ser recuperado nas bilheterias; o resultado, no entanto, foi sucesso extremo, culminando com o Oscar de Melhor Filme de 1932.

Apesar de algumas escolhas precipitadas de maus roteiros, ao longo do tempo Garbo foi colecionando boas críticas e indicações ao Oscar de Melhor Atriz com grandes sucessos como A Dama das Camélias (1936) e Ninotchka (1939), porém jamais conquistou a estatueta da Academia, a não ser um prêmio honorário que recebeu quando já tinha abandonado as telas.

Porém, no final dos anos 30, sua independência ameaçava o poder dos magnatas e surgiam os primeiros sinais agourentos, como uma notícia de jornal da época: "É voz corrente nos últimos dois anos que a MGM vai dispor de Greta Garbo, Joan Crawford e Norma Shearer, por serem caras demais". A notícia era prematura, mas na "guerra" de Garbo contra a MGM, a análise geral de Louise Brooks (1906 - 1985) sobre o campo de batalha continha uma verdade profunda: nas raras ocasiões em que chegaram a ter poder em Hollywood, mulheres como Garbo amedrontavam os homens em cargos de chefia. O poder era mais importante que o sexo e o dinheiro, embora o dinheiro estivesse sempre no coração do poder.


Abandonou repentinamente o cinema aos 36 anos, depois de filmar Duas Vezes Meu (1941), sob a direção de George Cukor (1899- 1983). Muitos críticos alegam que Garbo permitiu a Cukor destruí-la em Duas Vezes Meu com sua tentativa frustrada de mudar a fórmula da atriz. Além disso, ele estava mais ocupado com sua própria ascensão e filmou tudo às pressas, para logo em seguida poder se dedicar a Idílio a Muque (1942), filme igualmente desastroso com Norma Shearer (1902-1983), realizado seis meses depois de Duas Vezes Meu. Ambos foram fracassos de bilheteria e levaram suas estrelas a abandonarem suas carreiras. George Cukor defendeu-se, declarando que "as pessoas dizem gratuitamente que o fracasso de Duas Vezes Meu acabou com a carreira de Garbo. É uma simplificação grosseira… Com certeza a abalou, mas o que realmente aconteceu foi que ela desistiu; não quis continuar".

O marchand Sam Green, grande amigo da terceira idade de Garbo, era de opinião parecida: "Não foi Duas Vezes Meu que fez com que desistisse do cinema. Foi uma questão de desenvolvimento pessoal. Desde os dezessete anos não tinha feito nada a não ser trabalhar, e o sucesso veio antes que tivesse tempo de desenvolver uma vida emocional. No fim, sua vida privada era o mais importante".

Duas Vezes Meu foi somente um catalisador. O que realmente encerrou a carreira de Garbo foi a Segunda Guerra Mundial, a única coisa importante o suficiente para provocar isso, cuja tragédia humana tornava qualquer tragédia "profissional" tão mesquinha, que ela nem podia se dar ao luxo de lamentar a carreira perdida.


Fortemente abalada pelas duras críticas negativas que o filme Duas Vezes Meu recebeu nos meios de comunicação, e desiludida com o mundo devido à Segunda Guerra Mundial, Greta Garbo resolveu dar um tempo em sua carreira cinematográfica. Ela ainda era parte (embora periférica) da "elite do cinema", e ainda era muito solicitada, não só como presença social, como também para diversos papéis em cinema e teatro.



Ao longo das décadas de 40 e 50, inúmeras foram as propostas que apareceram de um retorno às telas. Algumas foram rejeitadas pela própria Garbo, que não conseguia se decidir sobre que roteiro escolher; outras porém foram barradas/dificultadas pelos grandes estúdios, que argumentavam que Greta Garbo já estava velha e ultrapassada e que não daria mais bilheteria alguma, preferindo investir nas novas estrelas em ascensão, como a também sueca Ingrid Bergman, Marilyn Monroe, a inglesa Vivien Leigh e a luso/brasileira Carmen Miranda (de quem Greta Garbo era fã).

No começo de 1940, a Associação dos Exibidores Independentes da América divulgara uma lista de grandes nomes do cinema que, nos últimos anos, tinham se tornado "veneno de bilheteria" - os ex-deuses que quase ninguém mais estava comprando ingressos para ver: Marlene Dietrich, Joan Crawford, Katharine Hepburn, Mae West, Fred Astaire e a própria Greta Garbo. Os exibidores, porta-vozes dos milhões de fãs famintos junto à indústria, exigiam novos nomes, rostos e personalidades. E, por sorte, a indústria não deixava de atendê-los.


Como se não bastassem sua queda de popularidade e sua indecisão, Garbo sofria com o descrédito de muitos críticos, diretores e produtores, que denegriam sua imagem na imprensa. Ela chegou mesmo a ser motivo de piadas públicas.

Desenvolver um filme para Garbo ficou ainda mais complicado devido ao fato de Leland Hayward ser seu novo empresário. Harry Edington, o anterior, tinha se demitido para investir em sua própria carreira. Garbo deu a Hayward plenos poderes de representante em 6 de dezembro de 1941, mas Salka Viertel (1897 - 1978), sua segunda mãe na América, ainda parecia ter um grande peso nas negociações. Mesmo dentro da MGM, havia confusão sobre quem deveriam contactar (e como) para um projeto com Garbo. O próprio Leland Hayward era o primeiro a denegrir a imagem de sua cliente. Uma vez ele disse a seu amigo Frenke que "Ninguém quer Garbo. Pode ficar com ela. Estou pouco me lixando". Frenke contou a Salka, que ficou furiosa.

George Schlee, o Stiller de sua meia-idade, também teve uma parcela de culpa nisso tudo. Apesar de torcer e trabalhar pelo retorno de Garbo às telas, agia de má-fé para com os produtores interessados, aproveitando-se da indecisão da atriz para fazer contatos aqui e ali, obrigando-a a assinar contratos cheios de exigências excêntricas que lhe desse vantagens, mas sem nunca chegar a um projeto consistente. Garbo por sua vez obedecia e admirava Schlee, seguindo todas as suas recomendações.

Mais um ano desagradável se passou e, no fim de 1943, sem perspectivas de um final para a guerra ou para a indecisão de Garbo, ela mesmo resolveu terminar com a situação embaraçosa para si própria e para a MGM, rompendo o contrato e desobrigando o estúdio a pagar os 250 mil dólares a que tinha direito.


O fim da associação Garbo-MGM não significava necessariamente o término de sua carreira. A queda de popularidade não era inexplicável nem irreversível. Raramente um grande estrela ficou no auge por mais de dez anos, e Garbo já estava a quinze. Entretanto, em época de guerra, o público precisava mais das belas pernas de Betty Grable do que da grande arte de Greta Garbo. O afastamento do cinema seria uma resposta tática à ausência do mercado europeu: Garbo simplesmente faria um intervalo até a guerra acabar (intervalo esse que durou até a sua morte, em 1990).

Dentre os muitos projetos de Garbo para um retorno às telas, o que mais merece destaque é A Duquesa de Langeais, de 1949, baseado no romance homônimo de Honoré de Balzac e que teria Walter Wanger (1894-1968) na direção. Esse foi o último papel que Garbo realmente se interessou em fazer, mas que só não saiu do papel por causa de um colapso de última hora e pela falta de recursos (os custos de produção e as condições impossíveis impostas por Garbo - na verdade por Schlee - estavam saindo caro demais para os produtores). O colapso do filme de Wanger foi uma derrota pessoal e artística, uma amarga confirmação das razões por que abandonara o cinema.


Garbo odiava conflitos, o que pode ser uma das razões pela qual não fez mais filmes. Se achava que um roteiro poderia ser melhorado em alguns pontos e as pessoas protestavam contra as mudanças propostas, ela simplesmente dizia "Esquece!" e ia embora. Mas havia outra razão, intuída pela colunista Elsa Maxwell, que flagrou um momento de privacidade de Garbo nessa época: "Entrei no toalete e vi aquela mulher se examinando em frente ao espelho. Apertava as mãos contra as faces, como se quisesse levantá-las. Olhou-se por um longo tempo e deu as costas ao espelho. Vi imediatamente que era Garbo, mas fingi não perceber. Ela saiu em silêncio, com uma expressão triste no rosto… Senti que ela não estava feliz com o que vira no espelho… Soube ali, naquele momento, que ela nunca mais faria um filme".

Certa vez ela disse a Audrey Wilder que queria fazer um palhaço homem. "A mulher mais desejada da face da terra quer fazer um palhaço? Quem vai acreditar nisso?", ao que ela respondeu: "Debaixo da maquiagem e das calças de seda, o palhaço é uma mulher. E as meninas da platéia escrevem cartas e não entendem por que ele não responde". Wilder disse que isso não ia funcionar, mas entendeu que ela tinha medo do que a câmera iria mostrar: "Ela queria se esconder sob o alvaiade. Debaixo da maquiagem de palhaço, ninguém veria o rosto dela". Incapaz de ver além da própria incredulidade, Wilder não percebeu que a ideia "ridícula" era absolutamente original e poderia ter mudado a vida de Garbo e a história do cinema.

O fato é que os projetos de filmes abortados davam muito assunto aos jornais do final dos anos 40, pois havia sempre um obstáculo. As circunstâncias pareciam trabalhar contra a volta de Garbo ao cinema e contra a sua transferência para o teatro.

O retorno de Garbo se tornava cada vez menos provável à medida que cada novo conjunto de circunstâncias e sua crescente indiferença se uniam para dificultá-lo. A cada ano ficava mais difícil concorrer com o próprio mito. "Acho que ela só faria outro filme se fosse maluca", disse seu quase parceiro James Manson (1909 - 1984). "A lembrança dela é tão maravilhosa". Embora muitos pensem hoje que encerrar a carreira em 1941 foi seu ato mais sensato, seus amigos da época pensavam o contrário. "Ela desperdiça os dias", dizia um. "Refere-se ao último filme como seu túmulo e isso é tão bobo… É um crime". Jessica Dragonette dizia: "Ela suspira pelos melhores anos de sua vida".


Garbo sentia o mesmo, e sua melancolia se aprofundava. Se ainda não era totalmente reclusa, via agora motivos de sobra para se retrair. Era tão difícil para ela quanto para os outros compreender que algo tão trivial como Duas Vezes Meu podia destruir sua autoconfiança, e que todos os seus esforços subseqüentes seriam arruinados pelo que o nutricionista Gaylord Hauser (1895 -1984) resumiu em "mau conselho, roteiro ruim".

Apesar de todas as frustrações, Garbo tinha razões de sobra para gostar da interrupção de sua carreira no cinema devido à guerra e, passando mais tempo em Nova Iorque, podia aprender mais sobre arte e montar uma coleção. Não cultivava a amizade de grandes artistas, mas foi a partir de então que Greta Garbo passou a dedicar-se a colecionar obras de arte, viajando "escondida" pelo mundo inteiro. Adquiriu quadros de pintores famosos como Renoir, Pierre Bonnard, George Rouault, Delaunay e Jawlensky. A pintura foi uma das paixões que cultivou, juntamente com a poesia, a jardinagem e os exercícios diários rigorosos, que incluíam longas caminhadas.

No início dos anos 40, como parte de uma campanha para melhorar sua aparência, Gaylord Hauser e Eleanor Lambert (1903- 2003) levaram Garbo à elegante loja de Valentina Schlee (1904 - 1989) na Sherry-Netherland. Nesse primeiro encontro, Garbo conheceu o marido e sócio dela, George Schlee, que logo tomaria a vida dela a seu encargo. Foi George Schlee quem a apresentou à família Goldschmidt-Rothschild, sua família adotiva em Paris, cujos membros ajudaram-na a cultivar um interesse sério pelas artes. Garbo se deu particularmente bem com Cécile Rothschild e a amizade durou a vida inteira.

Em 9 de fevereiro de 1951, Greta Garbo compareceu com mais 150 pessoas ao Bureau de Imigração e Naturalização de Nova Iorque, onde fez o juramento de lealdade para se tornar cidadã americana, numa época em que seus novos compatriotas a viam, ou sua presença nos filmes, como anacrônica.

Viveu as últimas cinco décadas de sua vida reclusa em seu apartamento de sete quartos na East Side, rua 52, nº 450, em Nova Iorque, evitando a todo custo qualquer tipo de contato com a imprensa, por mínimo que fosse.

À medida que a velhice chegava (aliada ao insistente hábito de fumar, que tinha desde os 12 anos), o organismo de Greta Garbo ia ficando cada vez mais frágil. O último sucesso na eterna luta de Garbo por privacidade foi manter a imprensa no escuro acerca de suas doenças - inclusive de que fez uma mastectomia em 1984. Também manteve longe do público o fato de ter sofrido um ataque cardíaco brando, em agosto de 1988, na Suíça. Em junho de 1989, sua sobrinha Gray Reisfield (1932-) contratou um serviço de limousine de Nova Iorque para levá-la para fazer diálise no Rogosin Institute do Hospital de Nova Iorque três vezes por semana, durante seis horas exaustivas. Tinha um problema sério nos rins e outros relatórios acusavam uma doença gastrointestinal, diverticulite, além de insuficiência renal. Os rins e o estômago enfraqueciam rapidamente. Às vezes ficava sob os cuidados de sua amiga Jane Gunther, no apartamento dela.

Quatro dias depois de ser internada no New York Hospital, na rua 66, por causa de uma pneumonia, Greta Lovisa Gustafson morreu às 11h30 da manhã do dia 15 de abril de 1990, domingo de Páscoa. Cinco dias depois, era cinzas, e o lugar em que estavam as cinzas ficou em segredo durante algum tempo, até serem transferidas definitivamente para Estocolmo, onde foram depositadas no cemitério Skogskyrkogården.

Incluindo as obras de arte, o valor total das posses de Garbo, conforme o arquivo da Corte Testamentária do Condado de Nova Iorque, no dia 21 de fevereiro de 1991, era de 32.042.429,02 dólares, e foram herdadas por sua sobrinha Gray Reisfield, filha de seu irmão Sven.


  • Personalidade e vida pessoal
Na idade de catorze anos, Greta Garbo perdeu seu pai, Karl Gustafson, e desde então passou a procurar inconscientemente nos homens com quem se envolveu uma figura paterna que preenchesse essa lacuna em sua vida, como foi o caso da sua relação com Stiller e mais tarde com Gayelord Hauser. Na ausência de orientação, Garbo não era de tomar decisões ou iniciativas por si só, e nas situações de crise, não fazia nada. De modo geral, ela preferia ser conduzida, dentro de um rígido conjunto de regras.

Stiller enraizou sua aversão à imprensa em Garbo, que a princípio era uma pessoa aberta e acessível, e que dava declarações ingênuas aos repórteres (como a que deu em 10 de setembro de 1925, dia de sua chegada a Los Angeles. Um repórter perguntou a Garbo onde ela ia morar, e a resposta foi: "Eu queria achar um quarto na casa de uma boa família."). Essa foi apenas uma das muitas características e fobias de Stiller que Garbo foi incorporando ao longo dos anos de convivência.

Lillian Gish, que lhe ensinou a lidar com a MGM, recusando maus projetos e evitando as tolices da publicidade, e o ator Lon Chaney (1883-1930), que a aconselhava a não se expor tanto e preservar sua vida particular, contribuíram para o fortalecimento dessa aversão. Outra pessoa que a influenciou bastante no quesito de esquivar-se da publicidade e insistir em ter privacidade fora do estúdio foi Maude Adams (1872- 1953), a grande atriz do teatro da América, cuja peculiar distância tinha aumentado sua popularidade (e ela capitalizava em cima disso). Nenhuma atriz de cinema jamais tinha tentado seguir esse caminho. Garbo, por acaso ou de propósito, foi a primeira que se atreveu a se recusar a cooperar com o departamento de publicidade. Era um insulto e com certeza um suicídio de imagem. Contudo, ao invés de bloquear, a imprensa se tornou obsessiva, e o público também.

Na vida privada, em oposição à hesitação em falar de si mesma, Garbo tinha um profundo interesse pela vida dos amigos, aliado a um sentimento maternal latente. A morte prematura de sua irmã Alva (que tinha câncer), em 1926, e de seu mentor Stiller (segundo seu atestado de óbito, a causa foi líquido nos pulmões, e não suicídio como foi divulgado na época), em 1928, deixaram a já tímida Garbo ainda mais fechada e melancólica.

Apesar das investidas de vários homens, com destaque para o ator John Gilbert (1895-1936) e para o fotógrafo Cecil Beaton (1904-1980), Greta Garbo jamais se casou ou teve filhos. Seu temperamento proibia tanto maridos como amantes-residentes, e com a vida de seus pais e outros tantos modelos negativos de casamento como exemplos, Garbo preferia não se comprometer seriamente com ninguém.

Havia dois tipos de homem em sua vida: o organizador tirânico que toma decisões, como Stiller e Schlee, e o tipo divertido mas emocionalmente imaturo, como John Gilbert e Cecil Beaton.

Diversas fontes afirmam que, naquela época de métodos contraceptivos tão primitivos, Garbo e muitas outras atrizes fizeram abortos com um médico discretamente contratado pela MGM para essa finalidade (em regime de divisão de despesa com outros estúdios). O escritor Samuel N. Behrman diz que ela se submeteu a "uns dois" e o evento contribuiu para aumentar o terror ao sexo. Tão intenso quanto o medo da gravidez era o medo da traição, pública ou privada, deliberada ou acidental.

Só em 1928 Garbo começou a se tornar sexualmente independente, após a morte de Stiller e o fim de sua ligação com Gilbert. Garbo era tecnicamente bissexual, embora com o passar dos anos tenha gradualmente se tornado assexual (uma vez, ao sair de um sex shop em Paris, Garbo disse: "Ah, essa coisa de sexo… Ainda bem que essa parte da minha vida acabou"). Discreta, ela manteve relações afetivas (mas não necessariamente sexuais) com vários homens e mulheres, entre eles a sua grande amiga Mercedes de Acosta (1893-1968), a atriz e roteirista Salka Viertel, o maestro Leopold Stokowski (1882- 1977), os atores George Brent (1904- 1979) e Noël Coward (1899- 1973), além das atrizes Lilyan Tashman (1899- 1934) e Fifi D'Orsay (1904-1983). No final da vida, envolveu-se com Cécile de Rothschild (rumores persistentes davam conta de que as duas eram amantes, embora nada tenha sido comprovado até hoje).

A ambivalência sexual de Garbo foi confirmada com o passar dos anos, tanto na mentalidade do público como na de Hollywood, pelos papéis masculinos que dizia querer desempenhar - Dorian Gray, Hamlet e São Francisco de Assis, para mencionar alguns - e pelas lutas periódicas, sempre perdidas, com a MGM para fazê-los.

No caso da relação com Valentina e George Shlee, o triângulo era esquisito, mas não sexual. Valentina não se sentia atraída por Garbo, e Garbo tinha outro tipo de atração por George. Ele lhe lembrava Stiller, por ter sangue russo, mãos grandes, feições marcadas e por ser cosmopolita. Dava ordens a todo mundo, inclusive a Garbo - e ela sempre gostou de ordens. Porém com o tempo a relação Garbo-Valentina foi se desgastando, até que um dia George admitiu com excessiva honestidade: "Eu amo [Garbo], mas tenho certeza que não vai querer se casar", disse à esposa, "e você e eu temos tanto em comum". Valentina não gostou e, em busca de consolo, contou tudo a uma amiga que, por sua vez, contou à colunista Dorothy Kilgallen, que citou as palavras de George numa edição do Saturday Home Magazine de 1948, completando a humilhação e a raiva de Valentina.

Atendendo a pedidos de George, Garbo comprou por 38 mil dólares um apartamento de sete quartos na East Side, rua 52, nº 450 (a última e mais importante mudança de residência de sua vida), no andar acima de onde ele morava com Valentina. Apesar de as duas terem sido vizinhas por quase meio século, elas evitavam se encontrar e mal se falavam, tratando-se com frieza.

Em 1955, numa de suas viagens "escondida" com Schlee, em La Roc, na Riviera Francesa, Garbo conheceu e se tornou grande amiga de Aristóteles Onassis (1906- 1975). As manchetes do verão seguinte gritavam que Onassis tinha intervindo pessoalmente para permitirem a entrada dela no cassino de Monte Carlo de calças - primeira exceção e a mais chocante da história do estabelecimento (Marlene Dietrich tinha sido barrada recentemente e ficara furiosa). Como Onassis era co-proprietário da boate, do cassino, e de muito mais em Monte Carlo, talvez não tenha sido uma façanha tão memorável de sua parte. De todo modo, Garbo gostava do charme cosmopolita de Onassis, da sua fabulosa fortuna e principalmente do seu iate Christina, onde uma vez ela jogou cartas por longo tempo com Winston Churchill (1874- 1965) no porto de Mônaco. Onassis foi um dos muitos pretendentes que pediram, sem sucesso, a mão de Garbo em casamento. Apesar disso, inúmeras vezes ele se ofereceu para financiar uma companhia de cinema de propriedade de Garbo para ela fazer o filme que bem entendesse. No entanto, essa proposta era muito solta e dava-lhe autonomia demais. Ela precisava de maior orientação, de apoio, de uma sugestão mais específica, mas nessa época Onassis já se via às voltas com Maria Callas (1923 -1977) e tinha mais vontade do que condições de lhe dar essa orientação. Além do mais, Garbo não tinha popularidade unânime nos círculos europeus que ele freqüentava, onde muitos a esnobavam porque se vestia mal.

Outras importantes amizades que Garbo cultivou na segunda metade de sua vida foram Jane Gunther, segunda esposa do escritor e correspondente estrangeiro John Gunther (1901 - 1970), e o marchand Sam Green. Green tinha informado a Garbo que, devido a sua profissão, todas as suas conversas telefônicas eram gravadas. Garbo não objetou na hora e nem depois, e Green nunca violou o entendimento de que essas gravações não poderiam ser exploradas sob pretexto algum durante (e, na verdade, também após) a sua vida. Sua divulgação não podia envolver transações financeiras de qualquer espécie. As fitas de Green-Garbo (ao todo, cerca de 100 horas de gravação, feitas entre 1972 e 1985) estão sob a guarda dos Arquivos de Cinema da Universidade Wesleyan em Middletown, Connecticut.

De um modo geral, nenhum amigo de Garbo sabia muito sobre os outros. Quando falava de planos de viagem ou de qualquer outra coisa, por mais trivial que fosse, raramente deixava escapar um nome. O segredo máximo era reservado aos contatos com Jacqueline Kennedy (1929- 1994) que, enquanto primeira-dama, a convidara diversas vezes para eventos sociais na Casa Branca, a maioria delicadamente recusado.



Greta Garbo foi uma das atrizes mais influentes de sua época (se não tiver sido a mais influente de todas do século XX). Outras atrizes de peso da época, como Marlene Dietrich, Tallulah Bankhead, Joan Crawford, Katharine Hepburn, Bette Davis e Mae West, declaravam ser grandes admiradoras do trabalho e da personalidade de Garbo, e se inspiravam em seu visual simples, elegante e ligeiramente masculinizado (como bem exemplifica uma matéria publicada pela revista Vanity Fair em novembro de 1932), que virou moda nos anos 30.

Garbo é citada na canção Bette Davis Eyes, escrita em 1974 por Donna Weiss e Jackie DeShannon, mas que ficou famosa na gravação feita pela cantora americana Kim Carnes em 1981, versão essa que ganhou o Grammy de "Canção do Ano".

Em 1986, Greta Garbo foi homenageada pela cantora francesa Mylène Farmer, que gravou uma música chamada Greta para o seu álbum de estréia, Cendres de lune.

Em 1990, ano de sua morte, foi a vez de Madonna homenageá-la em seu hit Vogue. Greta Garbo encabeça a lista de personalidades hollywoodianas que Madonna cita na música em questão.

Outros artistas que também homenagearam Greta Garbo com músicas foram: a banda 3 Cold Man com a canção "My Greatest Greta", de 2007; a banda Falco, com uma música denominada simplesmente "Garbo"; e o cantor country Van Morrison no seu álbum de 2005, Magic Time, com a canção "Just Like Greta".
 
  • Frases sobre Garbo



    Mario Quintana: "Dois versos para Greta Garbo"

O teu sorriso é imemorial como as Pirâmides

E puro como a flor que abriu na manhã de hoje…

(In: Apontamentos De História Sobrenatural)

    * Alastair Forbes: "A escandinava mais melancólica desde Hamlet."
    * Anônimo: "Greta é como a Mona Lisa - uma das grandes coisas da vida. E tão distante quanto".
    * Barry Paris (1948-), jornalista e biógrafo: "A Mulher do Século - que passou metade dele tentando se esconder".
    * Bette Davis (1908 -1989), atriz: "Seu instinto, seu domínio sobre a máquina, era pura feitiçaria. Não posso analisar a interpretação dessa mulher. Sei apenas que ninguém trabalhou com tanta perfeição frente à câmera."
    * Cecil Beaton, fotógrafo: "Uma mulher com a inocência charmosa de uma criança".
    * Clarence Sinclair Bull, fotógrafo: "O rosto dela foi o de maior inspiração que já fotografei".
    * David Robinson (1930-), historiador de cinema: "Com Garbo, você toma menos consciência da atriz e mais da alma exposta à vida e à humanidade. A profundidade e a intensidade de sua interpretação transformavam tudo em que atuava. Ela fez dez filmes mudos em Hollywood: se a princípio não eram romancinhos açucarados, acabavam assim depois que o departamento de roteiros da Metro botava a mão… Mas Garbo emprestou-lhes um pouco de sua própria divindade".
    * Georg Wilhelm Pabst, cineasta: "Um rosto assim só se vê uma vez num século".
    * James Card, curador: "É a maior que já houve e que jamais haverá no cinema."
    * Kenneth Tynan (1927-1980), escritor e crítico de teatro: "Exceto fisicamente, sabemos tanto de Garbo quanto de Shakespeare".
    * Marlene Dietrich (1901-1992), atriz e cantora: "Invejo Garbo. O mistério é o maior charme de uma mulher. Gostaria de poder ser tão misteriosa quanto ela. Não quero que as pessoas saibam tudo sobre mim! Garbo nunca dá entrevistas. Adoraria fazer o mesmo."
    * Marie Dressler (1868 -1934), atriz: "Garbo é solitária. Sempre foi e sempre será. Vive no âmago de uma vasta e dolorosa solidão".
    * Mercedes de Acosta, poetisa e roteirista: "Eu a via acima de mim, face e corpo recortados contra o céu, como fusão gloriosa de deus e deusa, radiante, elemental".
    * Otis Ferguson (1907 -1943), crítico de cinema: "O fenômeno dramático do nosso tempo. Assistindo a ela, percebe-se que isso é maior do que as palavras; é a coisa mais absolutamente bela de uma geração".
    * Silvia Renate Sommerlath (1943-), rainha da Suécia: "Ela é mágica!"
    * Sinclair Lewis (1885-1951), escritor: "Digo que não há mistério algum, exceto uma mulher ser tão fillums por tanto tempo sem 'virar hollywoodiana'. Conheci muitos atores e atrizes no meu trabalho. Aluguei e vendi casas para uns, tive de executar hipotecas de outros. Ela é a única normal. O resto faz as melhores interpretações nos restaurantes da moda, na praia, no Hollywood Boulevard, na igreja. Garbo é a única atriz que só representa na tela".




Mademoiselle Gypsy Alexandra Kali Amaya Marques

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