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terça-feira, março 22, 2011

Back to Basics: That’s how music should sound - Christina Aguilera

Pense na sofisticação. Na voz milimetricamente trabalhada. Em letras interessantes e, algumas, autobiográficas. Redenção, pecado, agradecimento, amor, ódio. E, acima de tudo, uma incrível homenagem aos grandes nomes da música soul, jazz e R&B.  Uma nova imagem a ser trabalhada, ainda mais depois de se despir para o mundo em 2002. Talvez uma diva clássica? Lembrando que Xtina disse em Stripped que não é nenhuma diva e que sabe o que quer. Será?  




Christina Aguilera resolveu voltar às origens e criar algo realmente novo trazendo o antigo. Back to Basics é o tributo digno dela aos anos 20, 30 e 40 na música. Inspirado nas músicas que ouvia quando criança, Billie Holiday, Etta James, James Brown, Marvin Gaye, Ella Fitzgerald entre outros grandes nomes, trata-se de um álbum retrô e, ao mesmo tempo, contemporâneo.
Com a produção do DJ Premier, renomado produtor de hip hop, o primeiro disco tem batidas mais modernas com toques de blues, soul e jazz antigos. Destaque para Makes Me Wanna Pray, onde ela convida Steve Winwood, músico inglês que participou das bandas Traffic, Go, Blind Faith e Spencer Davis Group, pra tocar piano e hammond ao som de um coral de igreja arrebatador. A canção contém um sample de Glad, música do álbum John Barleycorn Must Die – 1970 – de Traffic. Ain’t No Other Man, 1º single do álbum, levou um Grammy de Melhor Performance Vocal Pop Feminina. 



Momento um pouco mais pessoal do álbum: o produtor Scott Storch, que já havia trabalhado com Aguilera em Stripped, abandonou a produção do Back to Basics porque ela não mandou um avião particular buscá-lo. Logo depois, Scott foi produzir o disco da Paris Hilton. Como resposta, ela canta F.U.S.S – Fuck U Scott Storch.
We wrote "Loving Me 4 Me", don’t "Walk Away"
"Can’t Hold Us Down", all part of our history
Don’t forget "Infatuation"
I’m a "Fighter" feeling "Underappreciated"

Mais direta que essa, impossível. Storch, além de dizer que ele foi o responsável pelo sucesso de mais da metade do Stripped, respondeu que o Back to Basics soava como música de cabaré barato. Mais uma da seção Baphons da música. O fato é que os dois juntos fizeram um grande trabalho.

Comentário pessoal: eu achava que fosse por algo mais sério. Só porque ela não mandou um avião particular pra ele? Você contratou os serviços dele e acha que ele tem que ficar se locomovendo e gastando dinheiro dele? Você é a estrela. Banque os gastos. Por um lado, ela agiu como mimada sim. Mas deve ter mais alguma coisa nessa história. Outra coisa pro Senhor Scott Storch: se o Back to Basics é um cabaré barato, eu sou sócio VIP deste estabelecimento. E o álbum da Paris Hilton que você foi produzir certamente não é música erudita. Enfim, voltando ao básico…
Oh Mother é dedicada à mãe de Christina, uma espécie de consolo pela fase abusiva e infernal que passou com o marido. Still Dirrtyfaz a hot sim-e-daí? E que se vocês falam da forma que ela se veste e age estão perdendo seu tempo, é. Na sequência, Here to Stay On Our Way e Without You é outro ponto alto do álbum, onde ela diz que ainda complementa ainda mais a faixa anterior, reforçando a ideia de que ela não dá a mínima para o que estão pensando dela e que ela vai viver a vida dela para ela. Ok? referem-se a Jordan Bratman, seu ex-marido, assim como Save Me From Myself, do disco dois – o qual chegaremos lá em 3,2,1.
O segundo disco, ao contrário do primeiro, produzido por Linda Perry, é um álbum completamente retrô com elementos circenses, cabaré e muita sensualidade. Nasty Naughty Boy é um exemplo vivo disso, assim como I Got Trouble – que foi gravada num microfone dos anos 20 pra soar como o rádio naquela época.  Mesmo com a voz radiofônica distante, conseguimos perceber o vozeirão de nossa Christina Maria soando mais poderoso do que nunca. 



Christina e Etta James, uma de suas inspirações

 Hurt, o 2º single, faria Barbra Streisand chorar rios de tão dramática que é. Mercy on Me tem vocais matadores e um arranjo envolvente. Save Me From Myself mostra uma Xtina mais serena e acústica. Em Candyman – 3º single – Baby Jane se derrete por um cara que ‘makes her panties drop and has a big UHHHHH’. Mesmo clássica, Christina ainda manteve sua sexualidade e força de atração. Pode achar apelativo e tudo o mais, mas é o que vende nos dias de hoje. E outra, sensualidade aqui não tem nada a ver com vulgaridade. A voz dela move as placas tectônicas e ajuda a proteger a camada de ozônio.




A turnê Back to Basics foi a mais lucrativas do ano de 2007. Começou em 2006, mas teve que dar uma parada devido a gravidez. Em alguns shows, podemos ver a barriguinha tomando forma já. Ah, a maternidade! Como ela reflete na voz de uma mulher… E podemos constatar isso na tour, fato.


Só repetindo que Christina fez grandes parcerias, como a com Elton John no Oi Fashion Rocks cantando o clássico Bennie and the Jets em 2006, e covers fenomenais, como o de It’s a Man’s Man’s Man’s World de James (Soul) Brown no 49º Grammy Awards em 2007.
Uma obra-prima digna. Um disco pra ouvir antes de morrer com toda a certeza. Baby Jane fez o requisito, minha gente. E se você apenas ‘gostava’ da Christina, sem muita ênfase, se passar a gostar, este álbum será o culpado.
Inspiração de Candyman: Boogie Woogie Bugle Boy Of Company B – Andrews Sisters, datada de 1941, é considerada uma das primeiras gravações de Rock n’ Roll:


Reparem agora com Candyman: nem é por ter três Babies Jane(Xtinas, hehers) e sim pela base rítmica que é praticamente a mesma. Xtina não creditou Boogie Woogie como “sample”, talvez porque o arranjo dela é mais trabalhado e o clipe é uma versão mais “piriguetchy”.

 

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